domingo, 27 de maio de 2012

JUSTIFICATIVA


Ao refletirmos sobre a tragédia, vemos que ela tem uma significação muito mais ampla do que simplesmente provocar o terror e a piedade. A reflexão sobre o sentido e o lugar da tragédia grega no contexto da cena teatral moderna e pós-moderna vem sendo desenvolvida por  estudiosos  de  diversos países. Encenar as tragédias em pleno século XXI é um desafio. Séculos nos separam do mundo grego e de suas formas de performance. Mas nada se torna mais atual que a tragédia. Isso porque o sentimento do trágico está no coração do homem e, como tal, não deixa de atingir a nossa existência de modo mais profundo.

A renovação do teatro contemporâneo se dá também por um retorno à tragédia grega, visto como o teatro das origens e a própria origem do teatro. Talvez, em função mesmo desta posição paradoxal e da abertura para a diversidade de sentidos presente no texto antigo, a tragédia foi, progressivamente, afirmando-se como fonte de renovação cênica, até se mostrar como um teatro experimental inserindo na encenação elementos ou signos próprios da sociedade atual.



Se hoje vamos aos terapeutas para aliviar nossas dores da alma; os gregos, na tradição clássica, iam ao teatro e, além de expurgarem suas próprias dores no palco, deparavam-se também com o prazer da emoção artística, ensejando bem o chamado efeito catártico, a purificação da alma, fim primeiro da tragédia grega. A tragédia apóia-se em conflitos humanos universais que atormentaram os homens de ontem e atormentam igualmente os homens de hoje. Em pleno século XXI, em toda parte do mundo, ainda se toma de empréstimo ou se recebe de presente dos gregos, um tema, uma personagem, um herói, ou um elemento trágico, a herança advinda das obras gregas, com o poder da força primitiva.

As possibilidades de encenações contemporâneas de tragédias gregas apontam para diversas questões relativas ao fazer artístico da atualidade, desde a participação do espectador, identidade cultural, atualização dos temas gregos em função das condições culturais da sociedade, formas de organização do espaço, re-escritura e adaptação de temas trágicos, entre outros. A possibilidade de discutir o modo como o próprio espaço cênico contribui para estabelecer o sentido do trágico está ligado ao nosso interesse de encenação. Neste movimento, buscaremos também identificar o modo como o espaço da tragédia poderá trazer questões relativas a uma percepção ou vivência contemporânea do trágico. Isto significa dialogar com questões como a relação entre caos e ordem, os espaços simultâneos, os espaços fragmentados, a polifonia do espaço, o espaço efêmero, entre outros. Assim, um dos temas mais problemáticos da arte contemporânea ganha relevo: o espaço.

OBJETIVO




O Objetivo principal desse projeto, para a Trupe de Teatro e Pesquisa é experimentar (interrogando, abrindo novas possibilidades, extrapolando as capacidades conhecidas pelo grupo) numa rara possibilidade de desenvolver uma pesquisa conjunta nas diversas linguagens visuais, teatrais, corporais e sonoras, utilizando de modernos recursos técnicos em uma encenação contemporânea valorizada por um enredo moderno e atual, que se sustenta em elementos universais com o trágico e os mitos clássicos extremamente atuais. Além disso objetiva também a apresentação de um espetáculo que possibilite explorar os espaços teatrais discutindo a fuga do atual formato de teatro em palco italiano, ou mesmo a frontalidade da cena, um trabalho complexo e arrojado e uma experiência enriquecedora todo o grupo que realizará a montagem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

AS IMAGENS



O grupo pretende desenvolver o espetáculo a partir da utilização multi-visual do espaço, através de uma espacialização teatral em semi-arena, onde a relação com o espectador se dará a partir de três campos visuais distintos. Uma encenação centrada na essencial relação que se estabelece entre atores e público, redimensionando a comunicação teatral, seja ela visual, ou seja, ela espacial, na simples implosão do palco: explodindo a relação de frontalidade. Uma proposta de montagem que pretende através da utilização dos diversos recursos de percepção estética na encenação, o envolvido completo do espectador e seu deslocamento para o interior da cena, inserindo-o diretamente no contexto da fábula mítica apresentada.

Um espetáculo dinâmico, idealizado para atingir os sentidos e a percepção do espectador. Além de uma iluminação expressiva, uma trilha sonora que se aproveitará da damaticidade para aclimatar a conduzir a cena, utilizando desde a música clássica a atual música eletrônica, dá ópera ao havy-metal, da percusão primitiva ao tecno, e as demais vertentes sonoras contemporâneas. Elementos multimídia como a projeção de imagens e de forma atual, inteligente e original, mesclando personagens reais e virtuais em uma cenografia despojada, composta basicamente de elementos pontuais, como uma banheira (posicionada na entrada do público), um trono, 2 monitores de TV LCD e tecidos onde serão projetadas as imagens.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

APRESENTAÇÃO - DESCRIÇÃO DO PROJETO


O projeto Átridas (ou O Homem Morto na Banheira) propõe a realização de um espetáculo inspirada em textos trágicos a partir do mito grego de Agamêmnon e da maldição da família dos Átridas (descendentes de Atreu). Um espetáculo que pretende iniciar as comemorações dos 20 anos de atividade da Trupe de Teatro e Pesquisa. Ao nos propormos a encenar textos trágicos dos gregos à contemporaneidade, pretendemos captar, com sensibilidade, a força primitiva da origem do trágico, dando a encenação elementos necessários de modernidade, evidenciando os tons e entretons do gênero em nossa dramaturgia. A essência da tragédia está no coração do homem e, como tal, não se limita a tempo ou a espaço.

Apesar da montagem se inspirar principalmente no texto Agamemnone de Vittório Alfieri (que por sua vez re-escreve a tragédia original de Esquilo), interessam-nos muito mais os aspectos gerais da tragédia, enquanto estrutura dramatúrgica e enquanto representação de um conflito irreconciliável dos limites impostos ao homem que o leva a transgredir aquilo que se considera justo e correto. Além disso nossa construção dramatúrgica apresentará em sua estrutura fragmentos alinhavados de outros autores que relatam acontecimentos e situações por que passam esses personagens trágicos entre eles: Agamemnon, de Sêneca; Hamlet e MacBeth, de Willian Shakespeare; Hamlet Machine, de Heiner Müller; Clitemnestra ou o Crime, de Marguerite Yourcenar; As Moscas, de Jean Paul Sartre; e Electra Enlutada, de Eugene O´Neil.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

TRAGÉDIAS CONTEMPORÂNEAS I

Jorge Negromonte Silveira, de 50 anos, é suspeito de liderar o grupo de supostos canibais. Ele é formado em educação física e já deu aulas de karatê, ginástica e dança. Em um livro apreendido pela polícia, Silveira teria descrito como cometeu o assassinato de Jéssica. No mesmo documento, ele desenhou pedaços de corpos, enterros e caveiras.
Após a prisão do trio, a polícia descobriu que além de comer parte dos corpos, eles também usavam a carne para fabricar salgados, como coxinhas e empadas, que eram vendidas à população de Garanhuns.Após a prisão do trio, a polícia descobriu que além de comer parte dos corpos, eles também usavam a carne para fabricar salgados, como coxinhas e empadas, que eram vendidas à população de Garanhuns.
Os detalhes de uma história de horror e mistério que repercutiu em todo o mundo. A equipe do Domingo Espetacular mostra quem são os canibais de Garanhuns (PE). Mentes doentias responsáveis pela morte de pelo menos três mulheres.
CLIQUE NO LINK ABAIXO
Vendiam carne humana em coxinhas e empadas no interior de pernambuco

Videos: Veja quem sao os canibais de Garanhus e como atacavam as vitimas

suspeitos-canibalismo-hg-20120413


FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA


last bath of Agamemnon - Raymond Wirick

FORA DE CENA:

Alexandre Toledo – DIREÇÃO

Heleno Polisseni – CENÓGRAFO E PROGRAMAÇÃO VISUAL

Jader Corrêa – FIGURINISTA

Enedson Gomes – ILUMINAÇÃO

Alice Corrêa – FONOAUDIÓLOGA E PREPARAÇÃO VOCAL

Leo Mendonza – PREPARAÇÃO EM CANTO E ARRANJOS MUSICAIS

Iolene Di Stéfano – PREPARAÇÃO DE ATOR

Eugênio Macêdo – PREPARAÇÃO EM AIKIDO

Leone Antonnione Franco – EDIÇÃO DE IMAGENS E VÍDEO-INTALAÇÃO

Yuri Simon – COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO

Trupe de Teatro e Pesquisa – PRODUÇÃO

EM CENA:

Yuri Simon
PERSONAGEM: AGAMEMNON

Pauline Braga
PERSONAGEM: CLITEMNESTRA

Jader Corrêa
PERSONAGEM: EGISTO

Alice Corrêa
PERSONAGEM: ELECTRA

sábado, 5 de maio de 2012

NOVAS REFERÊNCIAS VISUAIS

Agamemnon in the Bath - Part of Fall 2005 Stúdio Photo Assignment

Amusing Shower Curtain with bloody hand prints (The Present Finder)